A pintura eletrostática a pó é um dos mais modernos e avançados sistemas de revestimentos para peças que necessitam alta proteção e alto nível de acabamento, tanto para fins decorativos quanto para funcionais.
Tinta em pó é um produto confiável e de fácil manipulação, com alto rendimento, baixa agressividade ao meio ambiente e ao ser humano.
Apesar de seu uso requerer instalações específicas, seus efeitos poluidores são desprezíveis, além do que sua armazenagem é bastante simples.
Devido à heterogeneidade deste tipo de tinta, ocorria uma separação de seus componentes durante a aplicação, a qual levava a uma inconstância do revestimento.
Devido a essa inconstância as tintas em pó da época eram consideradas inadequadas para efeitos decorativos (acabamento péssimo), sendo apenas utilizadas como isolantes elétricos ou para revestimentos anticorrosivos, pois a espessura obtida era acima de 200 micra.
No início da década de 1960 a Shell efetuou importantes desenvolvimentos que constituíram a base sólida para que os revestimentos em pó atingissem o nível de qualidade que atualmente conhecemos.
A continuidade dos desenvolvimentos da Shell resultou, em 1964, na introdução do método de extrusão, que ainda hoje é responsável pela totalidade da produção das tintas em pó.
O contínuo aperfeiçoamento desse tipo de equipamento resultou nos modelos hoje disponíveis no mercado, que se destacam pela: leveza, facilidade de operação e manuseio (não há a necessidade de mão de obra especializada);
Até meados da década de 1970 os sistemas epoxídicos eram os predominantes e responsáveis por mais de 90 % do total de tinta em pó.
Simultaneamente tiveram início os desenvolvimentos que tinham por objetivo os específicos, os quais demandam tecnologias específicas (revestimento em pó para oleodutos, revestimentos do tipo sanitário para aplicação no interior de tambores para acondicionamento de sucos cítricos, etc.).
A aplicação por pistola manual deu lugar à aplicação com pistola automatizada em instalações que permitem o reaproveitamento do pó não aderido à peça (overspray), fazendo com que não haja perda de material.
Atualmente, mesmo as aplicações por pistola manual proporcionam um aproveitamento de 98% da tinta, se levarmos em consideração o reaproveitamento do pó não aderido.